Comecei a praticar Yoga no início de 2007 motivada pela ideia de que a prática iria me ajudar
a desenvolver o surf. Me apaixonei pela prática forte, intensa, vigorosa na primeira experiência
e nunca mais parei.
Dei início a esta jornada quando ainda morava em Joinville, através das práticas de Swasthya
Yoga, atualmente conhecidas como DeRose Metod.
Me formei em Florianópolis em 2010 depois de estudar toda a bibliografia do DeRose, de
participar de cursos (alguns com o próprio DeRose e outros com professores da rede), eventos
e de realizar provas práticas e teóricas que exigiram bastante dedicação.
Ainda em 2010 passei a performar, demonstrando coreografias do DeRose Metod, o que foi
pra mim uma paixão, uma vez que eu sempre amei desenvolver esta parte da prática, era nova
e bastante motivada pelo ego (não coloco o ego aqui como algo ruim, ele me levou a realizar
muitas questões importantes ao longo da vida).
Quando cheguei em São Paulo acabei, pouco a pouco, me desvinculando dessa rede porque,
de alguma maneira, muita coisa deixou de fazer sentido e porque, na época (meados de 2014
e 2015) meu foco havia mudado e eu havia decidido seguir o caminho do empreendedorismo.
Pouco a pouco o Yoga foi me chamando de volta e, por um tempo, me dividi entre aulas de
Yoga e cuidar da empresa que havia estabelecido em São Paulo. Num certo momento precisei
escolher um entre os dois e o Yoga se mostrou muito mais forte em minha vida. Segui a
intuição, fechei a empresa e passei a me dedicar inteiramente aos meus alunos.
Diante desta escolha, precisei fazer cursos e sentir o universo fora de uma rede fechada como
o que havia me formado. Eu sentia necessidade de cuidar melhor do meu aluno, não tinha
noção de alinhamento ou ajustes e não conseguia comparar as diferentes linhas de Yoga (até
mesmo para entender o que faria mais sentido a ele) porque não havia tido nenhuma
experiência fora da primeira formação que tive.
Passei então a fazer cursos de meditação, mindfulness, formação em Vinyasa, Yoga
Restaurativo entre outros. E diante disso, um mundo de possibilidades se abriu.
Atualmente, mesclo todas as experiências que tive ao longo desses anos no Yoga e busco
trazer aquilo que faz sentido, diante das necessidades do aluno.
Amo as práticas com longas permanências que vêm da experiência que tive com o DeRose,
mas aprendi a também amar o flow, a transformação do Vinyasa que a minha professora,
Raquel Peres, com muito amor e muita seriedade me apresentou.
O Restaurativo foi uma quebra, uma desconstrução da ideia de que “o Yoga precisa ser forte,
vigoroso, para realmente ser Yoga” e me trouxe a possibilidade de me cuidar e de cuidar do
meu aluno numa experiência passiva e meditativa.
Sigo na intenção de me aprimorar, de ser um canal de transformação para aqueles que
precisam e que, de alguma maneira, cruzam o meu caminho.
Até aqui, final de 2020, esta é a minha história (bem resumida) no Yoga.
Namastê.
